Conveniências e interesses
Tudo se havia de harmonizar se houvesse justiça desportiva a sério e não um arremedo de «tribo disciplinar» muito entretida a negociar favores, promovendo conveniências, dislates, coincidências, interesses comerciais e palermices. Não, não me assusta o clima de guerra aberta instalado na bola. É normal e faz parte do cenário. O país não merece mais — e não me consta que haja países subdesenvolvidos em que a tentativa de transformar o futebol em merda não resulta. Resulta sempre. Bom proveito é o que lhes desejo. Lá se arranjem.
2. A bola, finalmente. A bola, bola: o meu FC Porto desenvencilhou-se contra um Estoril aguerrido e decente. Não sei se se desenvencilhará na próximas partidas, enquanto a equipa não apresentar armas à chamada. Ilibo Jesualdo, à partida – e não peciso de citar Freud nem Clausevitz ou Maquiavel. Há momentos em que a guerra é a guerra e só essa me interessa. Jogo, jogo puro, golos, laterais rápidos, avançados oportunos e centrais portentosos. Quem gosta de futebol, gosta desse jogo. Estou à espera, de cachecol na mão.
in A Bola - 30 Janeiro 2010
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