janeiro 15, 2010

Blog # 525

Parece que há uma polémica entre duas editoras (Gradiva e Bertrand) para saber qual livro (‘Fúria Divina’, de Rodrigues dos Santos, ou ‘O Símbolo Perdido’, de Dan Brown) pode ser “o mais vendido de 2009”. O pormenor não é despiciendo uma vez que – além da literatura, propriamente dita, ou do romance – há folhas de cálculo, orçamentos, lucros e salários para pagar. Publicar livros é um negócio complexo e , às vezes, dramático. Depois, há outras coisas: ler, esconder, ocultar, segredar, confidenciar, murmurar, simular, calar, recolher. E gostar. Um leitor a dizer uma frase ao ouvido do outro. Deixar-lhe (lembram-se?) um recado dentro de um livro. Esconder um livro para ser só seu. Segredar uma coisa maravilhosa, um verso, uma frase, um lugar, um gesto, um nome. Um livro.

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Estou a reler, comovido, concentrado e feliz, um dos grandes livros de John Le Carré, ‘A Gente de Smiley’. Uma nova edição, com prefácio do próprio autor, sai no próximo dia 29, sexta-feira (D. Quixote). É um dos seus grandes livros.

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FRASES

"São todos muito “fracturantes” para as causas efémeras que a modernidade inventa." Joana Carvalho Dias, no blogue Hole Horror.

"Se não pudesse voltar a tocar é que seria um grande drama." Zé Pedro, guitarrista dos Xutos e Pontapés. Ontem, no CM.

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