janeiro 11, 2010

Blog # 521

Sejam quais forem as várias e diferentes conclusões a tirar do acordo entre os sindicatos dos professores e o governo, há uma coisa que parece mais ou menos exigível: que, a partir de agora, a discussão se centre em redor do ensino, da escola, da educação – ou seja, do que realmente interessa. Sem propaganda. Sem falsificações estatísticas. É o mínimo que se pode pedir depois de um ano de acusações, de computadores Magalhães e de ressentimento. Há muito para fazer. Não peço, como Paulo Rangel, “uma revolução conservadora”. Mas é urgente reorganizar o sistema curricular, repensar o tema “qualidade do ensino” e corrigir os erros cometidos, nestes últimos vinte anos, pelos “cientistas da educação” que transformaram as escolas em laboratórios. Com tristes resultados.

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LIVROS DO ANO: o 89º catálogo do alfarrabista Manuel Ferreira, do Porto, que assinala 50 anos de vida (1959-2009). É só um catálogo? Sim. Sem imagens. Só com palavras. Com livros velhos, antigos, saudosos, imperfeitos – com cheiro.

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FRASES

"Na Malásia, há muitos anos, e na floresta de Tamam Negara conheci uma osga que ria." José Eduardo Agualusa, ontem, no CM/Domingo.

"Os livros arderam de vez e as chamas dos livros não iluminaram o mundo." Luís Januário, no blogue A Natureza do Mal.

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