janeiro 12, 2010

Blog # 522

A vida privada é uma grande coisa. Descoberta há uns séculos – sinceramente, suponho que desde que há imprensa a sério – serve para abundantes finalidades, uma das quais é ser mais “apetitosa”. Acontece que a “vida privada” deve ser separada da “vida pública” por barreiras de betão, valha a metáfora; de contrário, deixa de ser privada. Não é possível falar de “vida privada” quando a vida começa a ser pública. Veja-se o caso da relação poliamorosa do primeiro-ministro irlandês e da sua mulher – já não é privada. Podemos não mencioná-la em público, claro – mas só por obrigação. Está lá o gérmen da curiosidade e da devassidão. Apetece protegê-los, aos dois, ele e ela. Mas não podemos. São um caso literário, ligeiramente trágico, ligeiramente cómico. Não há lei que lhes valha.

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LIVROS DO ANO: O ‘Dicionário do Judaísmo Português’ (Lúcia Mucznik, : Alberto S. Tavim, Esther Mucznik, Elvira A. Mea) foi um dos grandes acontecimentos editoriais de 2009 (Presença, 600 págs.), indispensável e revelador.

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FRASES

"Foi preciso repetir muitas vezes, mas com prazer." Clara Pinto Correia, sobre as fotos da exposição ‘Sexpressions’. Ontem, no CM.

"Não há desemprego na Irlanda do Norte para se concentrarem?" Tomás Vasques, no blogue Hoje Há Conquilhas.

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