janeiro 22, 2010

Blog # 529

Eric Arthur Blair morreu em Londres há 60 anos, cumpridos ontem. Esse nome destina-o ao anonimato – mas o seu pseudónimo literário, George Orwell, recorda-nos o autor dos seus dois livros mais famosos, ‘1984’ e ‘O Triunfo dos Porcos’ (‘Animal Farm’), convertidos, à esquerda e à direita, em hinos à liberdade e avisos sobre o totalitarismo. Tanto um livro como outro são proféticos, e previam um mundo em que a verdade existiria camuflada, em que a linguagem seria trucidada pelo poder, e em que nada escaparia ao seu controle. Sem querer, distraída e involuntariamente, várias das suas profecias foram autorizadas pela sociedade contemporânea, que preza as ‘belas letras’ mas teme os seus horrores, como o próprio Orwell percebeu durante os seus 47 anos de vida. Restam os livros.

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Divertido, enciclopédico, bem ilustrado e útil: ‘Grande Livro dos Segredos dos Códigos’ (Círculo de Leitores) – uma panorâmica complexa desde os códigos militares à Tabela Periódica ou aos religiosos. Fundamental.

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FRASES

"Nixon também achou indecente que tivessem escutado as suas conversas com os assessores." Nuno Gouveia, no blogue 31 da Armada.

"Obama incarna o maior problema da política atual: a diferença entre os chavões e os princípios." Carlos A. Amorim, ontem, no CM.

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