janeiro 25, 2010

Blog # 530

Faz hoje cinco anos que Manuel Lopes (1907-2005) morreu em Lisboa. O seu nome merecia mais porque é um dos autores maiores de Cabo Verde – na prosa, é autor de ‘Os Flagelados do Vento Leste’ e de ‘Chuva Braba’; na poesia, vale a pena ler-lhe a antologia ‘Falucho Ancorado’, um bom repertório. Fundou no Mindelo, com Baltasar Lopes ou Jorge Barbosa, a revista ‘Claridade’, um farol da literatura. Leiam-no, juntamente com outros autores maiores da nossa língua, como os poetas João Vário, Corsino Fortes, Arménio Vieira, ou José Luís Tavares, o autor de uma pérola intitulada ‘Paraíso Apagado por um Trovão’. A nossa ignorância da literatura de Cabo Verde é um pecado capital. Comecemos por Eugénio Tavares; todos os seus poemas são mornas belíssimas, irrepetíveis, grandiosas.

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Estou deprimido. Saiu o novo Luís Alfredo Garcia-Roza, no Brasil, e ainda não o li. ‘Céu de Origamis’ (Companhia das Letras) é o seu oitavo livro com o Delegado Espinosa e o mundo de Copacabana. Uma alma caridosa que mo envie.

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FRASES

"A guerra aos símbolos religiosos é, hoje, na Europa, um sinal preocupante." D. José Policarpo, cardeal. Ontem, no CM.

"Aconteceu-me que estive em Lisboa, alguns meses, achar que a cidade está cheia de betos." Mónica Marques, no blogue Sushi-Leblon.

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