dezembro 21, 2009

Blog # 508

O Prémio de Poesia Luís Miguel Nava, pela sua independência e exigência, é um dos que vale a pena seguir. Este ano a distinção foi para ‘As Têmporas da Cinza’, de A. M. Pires Cabral (Cotovia). Pires Cabral é pouco conhecido, o que não significa nada. É um dos nossos raros grandes poetas; vive em Vila Real, sob a penumbra do Marão e os seus versos têm o arrebatamento de uma tarde de Outono – falam de coisas mínimas: melros, relâmpagos, cancelas das hortas, caçadores, vales escurecidos pela tarde, animais da serra, homens perdidos nas aldeias, vidas intranquilas no Nordeste. Ler a sua poesia é um caminho para iluminar o coração. Mas não só: também para respirar, que é uma coisa antiga, com a nossa idade, com a idade da poesia. Raros poetas o conseguem com a sua limpidez.

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Logo no início de Janeiro, a Dom Quixote publica a ‘Assim se Esvai a Vida – Três Livros Num Só’, de Urbano Tavares Rodrigues. São mesmo três livros reunidos para este regresso do autor de ‘Os Insubmissos’. E trazem surpresas.

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FRASES

"Não há bons romances com verbos no título." No blogue Ouriquense.

"O Natal é sempre uma chatice, porque é difícil resistir aos alimentos." Carlos Oliveira, Presidente da Associação de Doentes Obesos . Ontem, no CM.

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