janeiro 28, 2011

Blog # 790

A demissão de Jorge Salavisa do Opart, o Organismo de Produção Artística que gere os teatros nacionais e a companhia de bailado, é uma má notícia. Em primeiro lugar, porque Salavisa deve ter razões fortes para o fazer; em segundo lugar, porque é mais uma mancha na polémica biografia do Opart e é bem capaz de ser a prova de que “o organismo” não está destinado a viver muito mais. Naturalmente que, entre as condições enumeradas por Salavisa, e mantidas em recato (como é de bom tom e elegância, para já), deve estar o famoso “subfinanciamento”. É a vida. A ideia de “grande organismo” corresponde a uma época em que o dinheiro corria com certa abundância ou normalidade para satisfazer os “agentes culturais”. Este mundo também mudou bastante nos últimos meses, como sabemos.

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Continuamos na poesia: ‘Seta de Fogo. 22 poemas’, de Santa Teresa de Ávila, pela mão ambulante e luminosa da Assírio & Alvim. Reedição de um livro que Manuel Hermínio Monteiro amava perdidamente – como se amam os livros que ardem.

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FRASES

"O Governo está a fazer um favor às empresas que selvaticamente fecham em Portugal."
Armando Esteves Pereira, ontem, no CM.

"O cartão de cidadão sofreu uma derrota de proporções bíblicas." Rui Rocha, no blogue Delito de Opinião.

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