janeiro 27, 2011

Blog # 789

O produtor de música Steven Greenberg esteve em Lisboa e discursou sobre os “conteúdos da internet” e os problemas gerados pela pirataria. Infelizmente, não pôde afastar-se muito do universo dos lugares-comuns da ordem, o que prova que não há soluções muito originais: é preciso pagar o que se retira da net. Greenberg acha (como bom relações públicas) que não se deve punir quem não paga– mas apenas “obrigar a pagar”, contra a ideia de que tudo o que aparece no computador é gratuito. Lindo, maravilhoso e pateta. Neste momento há uma indústria da pirataria que já copia e revende música, filmes e livros, destruindo empregos e empresas e lesando os direitos dos autores. Lamento, mas não há solução à vista sem punição. A net é uma bênção para todos, mas não pode ser um covil.

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“Como te posso amar se não te vejo,/ se o espaço é maior que as minhas mãos,/ se o meu corpo se perde no universo/ e o verso não é uno, não tem cor?” Pedro Tamen em ‘Um Teatro às Escuras’ (D. Quixote), em de fevereiro. Beleza madura.

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FRASES

"A base bloquista de Alegre nunca se reviu na democracia burguesa. De burgueses têm o modo de vida." Filipe Nunes Vicente, no blogue Mar Salgado.

"Sócrates conhece o seu partido melhor do que ninguém, e sabe que a maré voga a seu favor." Eduardo Dâmaso, ontem, no CM.

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