dezembro 04, 2009

Blog # 497

Woody Allen acha que os americanos são sexualmente reprimidos e que as cenas de sexo idealizadas pelos americanos são “entediantes e aborrecidas”. Há ondas. Vagas. Os anos sessenta passam por terem sido “os da libertação sexual”; os anos oitenta, os da regressão, com a Sida a ameaça;. O sexo transformou-se numa referência central de todo o discurso público, da publicidade à política. É impossível atravessar uma cidade, ler um livro ou ver um filme sem topar com ele, o sexo – uma das coisas mais sagradas da nossa vida. A sua banalização retirou-lhe o enigma, a perversidade e o pecado. Sem pecado, sem interdito e sem segredo, aliás, não pode haver sexo satisfatório. O cinema e a televisão, a arte pop e a net banalizaram tudo. Transformaram tudo no seu tédio particular.

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Monumental, essencial, indispensável – a fotobiografia, aliás ‘Memórias Fotobiográficas’ de Camilo Castelo Branco, por um dos seus grandes cultores, José Viale Moutinho (Caminho). Camilo, o nosso grande romancista, merecia-o.

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FRASES

"Julgo que o país ainda suporta alguma decência." Luís M. Jorge, no blogue Vida Breve.

"O PSD andou um tanto a reboque dos impulsos do pêndulo da História." Pinto Balsemão, militante n.º 1 do PSD, ontem, no CM.

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