Blog # 491
Ontem recomendei este livro, ‘Cadernos de Memórias Coloniais’, de Isabela Figueiredo (edição Angelus Novus) – mas o assunto merece mais destaque: trata-se de uma autobiografia sobre a despedida de África e a memória de Moçambique. Sem cedências, sem perdão, sem conforto: tudo a nu, desde a cor da pele até ao horror que as despedidas no Índico provocam em alguém que enfrenta a velha Metrópole que já fora colonial e hoje é pós-colonial. Ainda não estabelecemos, com justiça, o verdadeiro papel dos retornados e dos antigos colonos de África na democratização real de Portugal. Na verdade, eles mudaram Portugal. Isabela Figueiredo, neste livro, fornece uma das imagens possíveis, explosiva, comovente, em chamas. É bom ver que, finalmente, se pode falar livremente sobre África.
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Coordenação de António Marujo e José Eduardo Franco: ‘Dança dos Demónios’ (edição Temas e Debates e Círculo de Leitores) é um livro sobre a intolerância e o pavor do Outro. Uma parte do nosso retrato está ali, a cru.
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FRASES
"Em democracia, é bom não esquecer, o Estado deve estar ao serviço dos cidadãos." Tomás Vasques, no blogue Hoje Há Conquilhas.
"Três anos depois do começo do processo a Casa Pia continuava de luto." Joaquina Madeira, provedora da Casa Pia, ontem, no CM.
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Coordenação de António Marujo e José Eduardo Franco: ‘Dança dos Demónios’ (edição Temas e Debates e Círculo de Leitores) é um livro sobre a intolerância e o pavor do Outro. Uma parte do nosso retrato está ali, a cru.
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FRASES
"Em democracia, é bom não esquecer, o Estado deve estar ao serviço dos cidadãos." Tomás Vasques, no blogue Hoje Há Conquilhas.
"Três anos depois do começo do processo a Casa Pia continuava de luto." Joaquina Madeira, provedora da Casa Pia, ontem, no CM.
Etiquetas: Blog Correio da Manhã
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