maio 08, 2009

Blog # 348

O Titanic não é apenas uma memória dos perigos do mar – é um emblema do século XX e do regresso da tragédia às nossas vidas. É isso que está à vista na exposição que amanhã abre ao público em Lisboa: o que resta de um monstro de 256 metros de largura e 70 de altura, cuja construção se iniciou há exactamente cem anos. Durante muito tempo (até ao filme com Kate Winslet e DiCaprio), a igreja católica elegeu o Titanic como símbolo da vaidade e da arrogância humanas; a força dos mares teria sido um instrumento divino para nos relembrar a insignificância ou a fragilidade de que somos feitos. Foi da escuridão dos mares vieram os objectos desirmanados que lembram o desafio lançado contra o mar gelado do norte. São eles que compõem a exposição – uma amostra da nossa fragilidade.

***

A propósito do Titanic, deve relembrar-se que Mónica Bello escreveu um livro maravilhoso intitulado ‘A Costa dos Tesouros’ (Círculo de Leitores), sobre as maravilhas e os mistérios guardados nas profundezas do nosso litoral. Belíssimo.

***

FRASES

"Um atentado ao bom funcionamento das instituições democráticas." João Cravinho, sobre a lei do financiamento dos partidos, ontem, no CM.

"As velhinhas do Chiado fumam na Bénard. Penso que as amo. Amo a sua elegância, a sua educação." Alexandre Borges, no blogue União de Facto.

Etiquetas: