março 23, 2011

Blog # 828

Eu ia escrever: “Conheci mal Artur Agostinho.” Mas é mentira. Todos conhecemos bem Artur Agostinho. O seu rosto e a sua voz fazem parte das nossas memórias da televisão e da rádio, para não falar do jornalismo, do cinema (no ‘Leão da Estrela’, é claro) e do teatro popular. Era impossível não gostar dele, não apreciar o seu cavalheirismo, a sua amabilidade, o seu talento – e a sua memória. Há hoje uma curiosa e feliz unanimidade em redor do seu nome e do seu trabalho, e creio que Artur Agostinho a agradeceria com um sorriso sem rancor nem mágoa. Preso indevidamente em 1974, conheceu os caminhos do exílio; regressou a sua casa seis anos depois e continuou como se tivesse sido um passeio. Espero que tivessem pedido desculpa. De qualquer modo, Artur Agostinho sorri à ideia.

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A 7 de abril a Porto Editora lançará ‘Vento Suão’, o derradeiro – e incompleto – romance de Rosa Lobato de Faria (1932-2010). Tal qual ela o deixou escrito. A edição conta com um belo e importante posfácio de Eugénio Lisboa.

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FRASES

"A transgressão é o Sagrado Pós-Moderno – já nos falta instrução para uma nova iconoclastia." Tiago Cavaco, no blogue Voz do Deserto.

"Fazia um som estrondoso e parece que andava com o diabo."Automobilista de Coimbra sobre um Ferrari abandonado na cidade depois de um acidente. Ontem, no CM.

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