março 17, 2011

Blog # 824

O leitor recorda-se, certamente, da “revolução popular” no Egito e na Tunísia – e na extensão do perfume de jasmim até à Líbia. Há quanto tempo foi? Da “libertação” de Bengasi até aos bombardeamentos ordenados por Muammar Khadafi sobre Bengasi não passou muito tempo. Da libertação da praça Tahrir até à perseguição das mulheres e dos liberais no Egito também não demorou muito. Claro que isto é cinismo mas o cinismo poupa-nos a ilusões fatais. A “comunidade internacional”, medrosa e cheia de pruridos e de resoluções na ONU, alimentou as esperanças dos rebeldes líbios e deixa-os agora morrer em cidades onde jorra o petróleo e nasceram muitos acordos com Khadafi. As coisas são como são. Daqui a nada Khadafi estará a passear, de véu e grinaldas, sobre os destroços de Bengasi.

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A edição francesa saiu em 1982; a Civilização publica-o agora. ‘Ervamoira’, de Suzanne Chantal reconstrói a saga da família Castro-Avilez e, no fundo, a da aventura dos criadores do vinho do Porto e do Douro, o grande território.

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FRASES

"Era o que faltava incomodar e arreliar o chefe do Governo com impertinências..." Nota da Direcção sobre a entrevista de José Sócrates à SIC. Ontem, no CM.

"Os comentadores do costume debitam a monótona oração de que não é oportuno agitar o barco." Luís Naves, no blogue Albergue Espanhol.

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