março 07, 2011

Blog # 816

Jel e Falâncio na Alemanha: foi a grande notícia da madrugada de domingo. O Festival da Canção não vale grande coisa nem tem, hoje, relevância musical ou televisiva — mas continua a existir e a agonizar. Os organizadores decidiram entregar a escolha “ao voto popular”. Só que o “voto popular” já conhece as manhas e manigâncias da ordem, e estava decidido a rir do Festival e daquela pompa chinfrim e patarata. Limitou-se a aproveitar a oportunidade e a votar em quem mais ridiculariza não só o Festival mas tudo o que mexe. Jel e Falâncio, “Os Homens da Luta”, são um duo propositadamente irritante e pateta. Desta vez, se chegarem à final (o que é improvável), não vão só atemorizar o bom-senso ou o Portugalinho que se indignou na plateia. Vão atirar beijinhos a Angela Merkel.

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Já tinha chamado a atenção para João Paulo Cuenca, o brasileiro autor de ‘O Único Final Feliz para uma História de Amor é um Acidente’ (Caminho). Lido todo, é uma agradável surpresa. E Cuenca é um delirante escritor a não perder.

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FRASES

"Vivemos num país de entretenimento e, nessa medida, a família real é um bem valioso." Tom Hooper, Óscar de Melhor Realizador com ‘O Discurso do Rei’. Ontem, no CM.

"É entediante ficar à espera que chegue ao Governo o próximo comerciante de automóveis." Luís M. Jorge, no blogue Vida Breve.

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