dezembro 17, 2010

Blog # 760

Longe de Lisboa, não posso despedir-me de Carlos Pinto Coelho; no fim da semana passada conversámos sobre "as políticas da cultura" (num debate) e entretivemo-nos, depois, a discorrer sobre colesterol, livros e "como vai a informação cultural". A notícia da sua morte, por isso, foi um choque de que não recuperei; o coração falha-nos a todos, de frente ou à traição. Aos 66 anos, tinha a mesma energia de há anos, quando apresentava o ‘Acontece’, programa que o distinguiu e o representa na nossa memória. Com ou sem Carlos Pinto Coelho, o ‘Acontece’ é ainda a linha do horizonte na "informação cultural" – que ele marcou em definitivo. Era um sénior; o seu tom e rosto atravessaram uma geração, o que nos obriga a prezar a sua memória. Assim acontece.

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