dezembro 09, 2010

Blog # 754

O primeiro-ministro não resistiu a festejar os resultados dos alunos portugueses (de 15 anos) nos testes do PISA, que representam uma melhoria nítida em relação a anos anteriores. Quem ama a propaganda, sucumbirá à propaganda. Na verdade, não é apenas um “trabalho de estatística”, como o seriam o fim dos exames ou a falta de rigor nas provas de matemática e português, em que os seus governos insistiram. Portugal continua abaixo da média (com 487 pontos para 493 de média, contra 556 de Xangai ou 539 da Coreia). Os resultados provam que não se melhora numa legislatura nem com propaganda aos computadorzinhos – é trabalho de uma geração e vem de há mais de dez anos. Daqui a mais dez se verá se vale mais apostar na exigência e no trabalho do que no festejo das estatísticas.

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O regresso das coisas minuciosas: ‘Brevíssimo Inventário’, de Marcello Duarte Mathias (Dom Quixote), deve ser lido. Recupera textos anteriores (como os de ‘Lembrar de Raízes’) e é um bálsamo contra o excesso e o ruído do tempo.

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FRASES

"Não vi criança nenhuma. Havia agora um silêncio brutal. Era o silêncio da morte." Jorge Catrau, 51 anos, sobre o tornado de Tomar. Ontem, no CM.

"Democratizar a megalomania implica menos mortos que democratizar o Iraque." No blogue Ouriquense, sobre a popularidade dos blogues.

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