dezembro 15, 2010

Blog # 758

A Universidade do Algarve homenageou Lídia Jorge, atribuindo-lhe o grau de doutor “honoris causa”. É bom que, em vez de conceder estas distinções a políticos que depois provocam calafrios, se escolham escritores, pensadores e pessoas que melhoraram a nossa relação com a língua, a cultura e a arte de pensar. Lídia Jorge é um desses nomes – ‘O Dia dos Prodígios’ é um livro marcante para a nossa memória do Algarve “e das províncias”, mas também para a transformação, para melhor, do Português como língua de criação. Curiosamente, o exemplo de Lídia Jorge com ‘O Dia dos Prodígios’ foi pouco acentuado e, hoje, a nossa ficção é sobretudo urbana. Não é de estranhar. Mas o mundo desse livro é, desde 1979, uma barreira contra a degradação e o esquecimento. Obrigado, Lídia.

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Depois de ‘As Horas’ e ‘Uma Casa no Fim do Mundo’, a Gradiva publica o novo romance de Michael Cunningham, ‘Ao Cair da Noite’ – uma bela elegia, melancólica e poética, sobre todas as nossas dúvidas. Um dos livros deste fim de ano.

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FRASES

"Uma das coisas que o sectarismo e a propaganda fazem é destruir alguma capacidade crítica." Jorge Lopes de Carvalho no blogue Manual de Maus Costumes.

"Sentimos todos uma alegria surreal." Quinaz, jogador do Pinhalnovense, que chegou aos quartos-de-final da Taça. Ontem, no CM.

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