março 19, 2010

Blog # 568

Sempre que se fala de “dinheiro para a cultura” sinto um calafrio. Os pedidos são largos e a fila de espera é vastíssima, alimentando o número de clientes do orçamento, que depois se hão de tornar fiéis guardiães do seu ganha-pão e de quem o disponibiliza lá do alto. Por isso é tão acomodada essa fila de espera, e maneirinha, e esperta. Mas, olhando bem para os bónus que o Estado prodigaliza aos administradores de empresas mal geridas ou que são por si participadas, apetece voltar atrás. O Estado gasta quase tudo mal gasto e sem respeito pelos contribuintes, ou cidadãos, que hão de pagar mais impostos para alimentar o Leviatã. Havendo património em ruínas e escolas sujas e miseráveis, os bónus seriam bem-vindos. E se isso não é uma revolução cultural, não sei o que será.

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É hoje, sexta-feira (às 18h30), a apresentação do novíssimo romance de Manuel da Silva Ramos, ‘Três Vidas ao Espelho’, na Livraria Barata/Leya (Av. Roma). E de luxo: para falar sobre o livro vai estar Miguel Real.

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FRASES

"O último Congresso do PSD redundou em mais um presente para Sócrates." Paula Teixeira da Cruz, ontem, no CM.

"As mulheres também gostam de futebol, um dos maiores retrocessos civilizacionais." Lourenço Cordeiro, no blogue Complexidade e Contradição.

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