março 18, 2010

Blog # 567

São vinte e oito livros – as aventuras de Tarzan. Foram escritas por Edgar Rice Burroughs, que morreu há sessenta anos na Califórnia (cumprem-se amanhã, exatamente) sem ter ido a África. O herói era branco e devidamente depilado, como um ginasta americano, pronto a ser interpretado por Johnny Weissmuller ou Elmo Lincoln. Andar de liana em liana, namorar Jane, relacionar-se com os animais, proteger os desprotegidos – tal era o programa de Tarzan, o menino abandonado na selva, à semelhança do que os europeus do século XVI tinham também previsto para as suas utopias ultramarinas. Burroughs escreveu muito mais do que as histórias de Tarzan (sobretudo ficção científica), mas só essas atingiram a popularidade servida pelo cinema. Recordá-lo é prestar um favor à inocência.

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As Notícias dos Telejornais’, de Nuno Goulart Brandão (Guerra e Paz) bem pode servir para debate nestes tempos de acusações sobre manipulação da informação televisiva. O livro chega esta semana às livrarias.

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FRASES

"O PSD tem uma invulgar capacidade de gerar tralha política." Eduardo Dâmaso, ontem, no CM.

"Confesso que começo a ficar cansado da palavra ‘populismo’." Pedro Correia, no blogue Delito de Opinião.

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