Blog # 475
De Claude Lévi-Strauss herdámos ‘Tristes Trópicos’, evidentemente – mais do que uma autobiografia intelectual, uma referência ao trabalho e ao olhar do antropólogo mais influente do século XX que morreu com 100 anos de idade. Menciono ‘Tristes Trópicos’ porque é um livro que ultrapassa largamente a antropologia e a carreira do próprio Lévi-Strauss, que começou por se dedicar a observar os índios do Brasil; é um livro sobre a observação do mundo, sobre a arte de escutar as sociedades, as primitivas e as modernas. Outra das heranças de Lévi-Strauss tem a ver com esta ideia simples e perigosa, que coloca a natureza no campo das nossas atenções: o homem não é o centro do universo e o progresso não é sempre um triunfo inquestionável. Era uma das imagens do nosso tempo.
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‘Pudor e Dignidade’, de Dag Solstad (Ahab) pode ser visto como a reabilitação do que mais forte existe na literatura norueguesa: a sua intensidade dramática, a nostalgia sem arrependimento, uma tristeza que vem do fundo. Belo romance.
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FRASES
"Se ninguém quer realmente ir para lá, então deixem o [Pedro Passos] Coelho ir." Luciano Amaral, no blogue Gato do Chesire.
"Lamento que a política seja sempre mais forte do que os compromissos com a cultura." Inês Pedrosa, ontem, no CM.
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‘Pudor e Dignidade’, de Dag Solstad (Ahab) pode ser visto como a reabilitação do que mais forte existe na literatura norueguesa: a sua intensidade dramática, a nostalgia sem arrependimento, uma tristeza que vem do fundo. Belo romance.
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FRASES
"Se ninguém quer realmente ir para lá, então deixem o [Pedro Passos] Coelho ir." Luciano Amaral, no blogue Gato do Chesire.
"Lamento que a política seja sempre mais forte do que os compromissos com a cultura." Inês Pedrosa, ontem, no CM.
Etiquetas: Blog Correio da Manhã
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