outubro 23, 2008

Blog # 209

Vêm aí tempos de dúvida. Basta estar atento ao que diz o primeiro-ministro: "Neste momento todas as famílias portuguesas precisam da ajuda do Estado." Agradecido, pela minha parte. Na verdade, temo muito que o Estado se habitue ao papel de ser "precisado" e se meta mais do que o necessário na vida das famílias – para não falar da das empresas. Em situações de crise e turbulência, a primeira coisa de que as pessoas abdicam chama-se liberdade. Vem, depois, um rol interminável de atropelos e de exigências. Tudo em nome do Estado. Não é que o primeiro-ministro vá de casa em casa meter-se na nossa vida, mas alguém há-de fazê-lo em seu nome mesmo que não esteja autorizado para tal. Primeiro, o Estado ajuda; depois, cobra. O problema é que costuma cobrar muito para lá do aceitável.

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Luis Sepúlveda chega hoje a Lisboa, ao fim da manhã — vem apresentar o seu novo livro de contos, 'A Lâmpada de Aladino' (Porto Editora). Há muito que o chileno não publicava textos originais. E já anunciou. Novo livro à sua agente.

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FRASES

"Só faço um apelo ao ladrão, que pegue no disco rígido e mo devolva." Miguel Sousa Tavares, ontem no CM.

"Não me consigo livrar de me imaginar no mundo de Blake & Mortimer." José Pacheco Pereira, no blogue Abrupto.

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