outubro 14, 2008

Blog # 202

Aterro em Frankfurt para o espectáculo habitual: a Feira do Livro começa hoje com os seus habituais doze quilómetros de livros, stands, bisbilhotices, negócios, segredos, vaidades e reencontros. A maior feira do livro do mundo abre as suas portas a meio (ou no princípio) de uma crise económica que afecta todos os países representados nos seus corredores – mas o sonho não pára: o dos livros. Milhares de novidades aguardam milhares de visitantes. A cidade que conheceu Goethe e Marcuse continua a ser o epicentro de uma actividade cada vez mais em desuso (fazer livros para alguém ler) mas que dá sentido à nossa vida (amanhã, Paulo Coelho dá uma festa para assinalar 100 milhões de livros vendidos). Frankfurt reabilita uma parte desses sonhos, prolongando a vida da civilização.

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Apenas jogada comercial ou apenas material de propaganda? Em Frankfurt foi ontem anunciado que o novo livro de Luís Miguel Rocha já tem os direitos vendidos para Itália e para os EUA (onde 'O Último Papa' foi sucesso). Não para Portugal.

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FRASES

"Ninguém se preocupa a sério com Portugal." Virgílio Castelo, actor e autor de um romance, ontem no CM.

"Que autoridade tem a CML para vir cobrar insignificâncias aos seus munícipes?" Miguel Morgado, no blogue O Cachimbo de Magritte.

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