outubro 13, 2008

Blog # 201

Enquanto os EUA se iniciam nos mistérios da nacionalização da banca (uma perversidade que vai sair cara), aqui os tempos não estão para minudências. O presidente da Associação de Bancos, por exemplo, diz que a abundância acabou, sem que ninguém lhe tenha chamado astronauta, porque abundância, propriamente, não tem havido. A abundância está sempre a meio caminho da crise num mundo em que se pensa que o crescimento é infinito e que o crédito é o outro nome da riqueza. As pessoas querem uma vida mais fácil. Tem sido, mas para os gastadores, para as companhias de crédito e para os que ganham dinheiro rápido – as empresas e as pessoas têm de trabalhar no duro para sobreviver. É estranho, por isso, que sejam empresas e pessoas a pagar os desvarios de quem esbanjou quase tudo.

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Nostálgicos, historiadores, sociólgos, românticos: está aí 'Foi Você Que Pediu uma História da Publicidade?', de Luís Trindade (Tinta da China) – uma viagem pelos maravilhosos anúncios da imprensa portuguesa do século passado. Maravilhosos, note bem.

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FRASES

"Ora bem. Portugal pode não ser viável." José Miguel Júdice, ontem no CM.

"Tenho uma relação anual muito forte (quase matrimonial) com o Fisco." G.A.F., no blogue O Vermelho e o Negro.

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