junho 21, 2011

Blog # 892

Amy Winehouse é uma figura de tragédia — ela encarna a figura do talento prodigioso que raramente aproveita as oportunidades que tem para ser o que merece: uma estrela amada. Amada pela sua voz, amada pelo seu timbre verdadeiramente ‘soul’, até amada pelos seus desastres. Houve talentos desses consumidos pelas drogas e pelo álcool, destruídos pela fama e pela má-sorte. Mas Amy Winehouse é uma espécie de Sísifo que não consegue transportar até ao cume da montanha o peso extraordinário da sua vida. Cai demasiadas vezes devorada pelos seus fantasmas ou pelo álcool, o que começa a ser um excesso, até mesmo para os seus fãs mais adolescentes, como uma repetição da desgraça, uma espécie de drama aguardado com a irregularidade de uma coisa que já não seduz nem impressiona.

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Jacinto Lucas Pires parecia ter escolhido em definitivo o teatro e esquecido o romance. Aqui está o seu novo romance, que no título junta as duas dimensões: ‘O Verdadeiro Ator’ (Cotovia). É bom tê-lo de volta para a ficção pura.

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FRASES

"Podemos sair da religião, mas não há maneira da religião sair de nós." Bruno Vieira Amaral, no blogue A Douta Ignorância.

"Nuno Crato pertence ao grupo de professores que não vão nas cantigas das novas pedagogias." Manuel Catarino, ontem, no CM.

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