junho 15, 2011

Blog # 888

Dos seus discos, os únicos originais que tenho são os duplos ‘Play it Again Erroll’ (de 1974) e ‘The Elf. The Savoy Sessions’ (de 1976). Só os comprei depois da morte de Erroll Garner, em 1977 – um pianista que sempre me deu a ideia de ser bastante tímido e mais melancólico do que merecia. Isso deve-se à interpretação do seu tema mais famoso, “Misty”, um monumento do jazz que passa de década para década (é de 1954) transportando a beleza quase cinematográfica que os ouvidos de hoje lhe atribuem. Há quem lembre o seu piano a acompanhar Charlie Parker em ‘Cool Blues’ (nunca ouvi), que devia ter sido brilhante e inesquecível; mas a verdade é que ‘Misty’ é incomparável, como o prova o filme de Clint Eastwood, ‘Play Misty For Me’. Erroll Garner completaria hoje noventa anos.

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Comecei ontem a releitura de ‘A Toupeira’, de John Le Carré (Dom Quixote) – o romance onde “nasce” George Smiley. Recomendo a experiência e, depois, a sequência de livros onde Smiley nos comove sempre. Perfeição à beira do abismo.

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FRASES

"Eu sei que é só uma mexeriquice, mas não consigo parar de rir: Sócrates vai estudar Filosofia." Ana Cristina Leonardo, no blogue Meditação na Pastelaria

"Dizem que é o Mourinho das Marchas, mas o Mourinho é que é o Mendonça do futebol." Micael Costa, do Ginásio do Alto do Pina, sobre Carlos Mendonça, o ensaiador vencedor das Marchas de Lisboa. Ontem, no CM.

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