junho 08, 2011

Blog # 883

Seria simples explicar nas escolas – agora que elas estão prestes a fechar para férias – a alegria da música, a sua simplicidade e também a sua leveza. Bastava ouvir-se um pouco de Albinoni, de quem se assinalam, hoje, os 340 anos do seu nascimento em Veneza (1671-1751). Muitas vezes, os seus concertos e sonatas parecem divertimentos permanentes, buscando uma intensidade que nunca atinge. Essa é a sua arte e deve ser vista como uma vantagem. Parte da desvalorização de Tomaso Albinoni deve-se ao célebre Adagio que, afinal, ele não compôs mas lhe foi colado como um adesivo – mas é injusto. Como outros compositores do barroco italiano (como Vivaldi, Tartini ou Corelli), a sua simplicidade é uma iniciação perfeita aos mistérios da música e à sua geometria. Só isso bastaria.

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Capa dura, em fundo vermelho-vivo: é assim a imagem de ‘A Metamorfose’, de Franz Kafka, agora publicado pela Ulisseia. Gregor Samsa, o personagem, nunca mais foi o mesmo. O leitor também não o será depois da primeira página.

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FRASES

"Subalternizado no consulado de Sócrates, o PS começa agora um verdadeiro caminho das pedras." Eduardo Dâmaso, ontem, no CM.

"Nos últimos seis anos apurou-se o sentido crítico na sociedade portuguesa." Tomás Vasques, no blogue Hoje Há Conquilhas.

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