março 01, 2011

Blog # 812

De Moacyr (1933-2011), os primeiros livros que li foram ‘O Exército de um Homem Só’ e ‘O Centauro no Jardim’, momentos centrais de uma obra de interrogações e perplexidades. ‘A Mulher Que Escreveu a Bíblia’ é um desses livros, tal como ‘A Majestade do Xingu’, uma história da emigração de judeus russos para o Brasil. O seu mundo era esse: o de Porto Alegre, a sua cidade transformada em catalisadora da sua memória judaica, da gente humilde que fugira da velha Rússia ou do comunismo. Lembro a sua casa, cheia de livros; escrevia em todo o lado, a toda a hora, sempre com um livro «para terminar». Ficámos amigos por causa de ‘A Condição Judaica’, um pequeno livro que mostrava o Moacyr simples, com o seu gosto pela beleza ética do judaísmo. Um adeus para Moacyr não basta.

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‘A Separação do Estado e da Igreja’, de Luís Salgado de Matos (Dom Quixote), é um livro tão extenso como fundamental para entender “a questão religiosa” durante a I República. 720 páginas de grande trabalho de investigação.

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FRASES

"Os jovens são como o Bloco. Querem um mundo novo, mas é daqui a três fins de semana." Luís Januário, no blogue A Natureza do Mal.

"Indícios exagerados de incomodidade relativos ao barulho." Fonte da CM Portimão sobre desacatos à porta do Café Obama. Ontem, no CM.

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