fevereiro 01, 2011

Blog # 792

A vida da inglesa Mary Shelley (1797-1851), que morreu faz hoje 160 anos, está rodeada de tragédias. Dos seus dois filhos apenas um sobreviveu. O seu marido, o poeta romântico Percy Shelley, amigo de Byron e de Keats, morreu afogado em Itália, para onde o casal se tinha retirado para fugir à maledicência e à má sorte. Regressada a Inglaterra, lutou contra o tumor no cérebro que lhe seria fatal. Em 1818 publicara anonimamente ‘Frankenstein’, que só em 1831 leva com o seu nome. Victor Frankenstein é o nome do criador desse monstro que povoa a nossa imaginação literária e cinematográfica – e que acaba a perseguir o seu criador. Mais do que uma história de terror, o livro de Mary Shelley é também uma metáfora sobre a nossa civilização e lê-lo seria um bom momento de prazer.

***

Ensaios, muito bons, os de ‘Um Encontro’, de Milan Kundera (Dom Quixote): uma defesa da literatura, da arte – e, portanto, da beleza, da liberdade, da indeterminação. A não perder.

***

FRASES

"Alguns dos seres humanos mais bonitos do mundo têm trinta e tal anos e são portugueses." Valupi, no blogue Aspirina B.

"Terminaram as presidenciais. Começou a pré-campanha para as legislativas antecipadas." Marques Mendes, ontem, no CM.

Etiquetas: