dezembro 28, 2010

Blog # 767

Hoje, poucos se recordam do nome de Serpa Pinto, tirando os que são mais atentos à toponímia – porque existem, aqui e ali, ruas com o seu nome. Mas o que fez Alexandre Serpa Pinto de tão notável para que o recordemos 110 anos depois da sua morte, assinalada hoje? Basicamente, atravessou África de costa a costa (foi o quarto explorador europeu a fazê-lo) e desenhou, no local, o célebre mapa cor-de-rosa. A celebração da sua travessia, solitária, angustiante, honrosa e cheia de perigos foi depois recompensada pela efígie do homem político que desempenhou cargos importantes no velho império da Monarquia. O que eu recordo sobretudo é a nobreza do viajante, o espírito do aventureiro-cientista e a sua paixão tanto por África, como por Portugal e pelo espírito da viagem.

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Está aí o ‘Livro Rosé de Sua Santidade o Camarada Vieira’, com recolha, seleção de textos, conspiração e edição de Pedro Proença. Tudo sobre Manuel João Vieira, “o candidato presidencial que é contra a miséria sexual”. Na Assírio.

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FRASES

"Não queria escrever um livro, mas vou ter de o fazer." Julian Assange, criador do site Wikileaks. Ontem, no CM.

"Portugal não convoca heróis para a Presidência. Convoca, sim, um afinador de pianos." Laura Ramos, no blogue Delito de Opinião.

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