novembro 04, 2010

Blog # 730

A chamada “Academia Sueca” é uma coleção de bonzos que nunca estão sujeitos a escrutínio, defendidos por aquela couraça impertinente que lhe é conferida pelo imenso poder de, anualmente, atribuírem o Nobel da Literatura. Que seja eu a dizê-lo é uma coisa; mas desta vez é Knut Ahnlund, membro do grupo e citado pelo jornal espanhol ‘ABC’, em vésperas de publicar um livro sobre o assunto. Suponho que Ahnlund sabe do que fala: assistiu a reuniões dos génios que atribuíram o prémio a Dario Fo e se recusaram a ter uma palavra de apoio a Rushdie, perseguido de morte pelos fanáticos; além do mais, tomou nota da ignorância da companhia. Quando o livro aparecer, daqui a umas semanas, será um acontecimento. Um pouco de discussão fará bem a tanta vaidade sonolenta e tanto poder.

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Já que falei de um Nobel, pois venha um Nobel – como Naguib Mahfouz, o grande escritor egípcio. A Civilização, que já publicou vários livros de Mahfouz, acaba de lançar ‘O Novo Cairo’, traduzido do árabe por Badr Hassanein.

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FRASES

"Este orçamento não é nada comparado com o que estará para vir." Octávio Ribeiro, ontem, no CM.

"Entre nós, não há propriamente acontecimentos. As coisas rompem. É tudo." Jorge Costa, no blogue O Cachimbo de Magritte.

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