outubro 22, 2010

Blog # 722

Limitar o nome de Mariana Rey Monteiro às suas aparições televisivas é entrar numa contabilidade errada. Além do mais, num país com teatro a sério, Mariana Rey Monteiro seria vista como a grande dama do palco. Meninas anoréticas e com dificuldade em soletrar, com um sotaque irreparável, estão convencidas (meia dúzia de ignorantes e alarves convenceram-nas) de que fazem teatro ou de que atuam numas telenovelas de segunda categoria. Nada a ver. Na despedida de Mariana Rey Monteiro devia dizer-se isto, até pelo respeito a figuras que nunca envergonharam o teatro e a arte. Ela, que representou Shakespeare, Ibsen, Molière, Wilde, Pirandello, Camus, Miller ou Ionesco – e de que maneira – está todos os degraus acima. É de outro tempo e de outra categoria. Uma estrela.

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Um novo volume da Biblioteca de Babel, imaginada por Franco Maria Ricci e dirigida por Jorge Luis Borges: ‘O Abutre’, de Franz Kafka (Editorial Presença). É Borges quem destaca Kafka como “inventor de situações intoleráveis”.

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FRASES

"Em Portugal discute-se muita política e muito pouco o país." Henrique Burnay, no blogue 31 da Armada.

"No partido de Obama, a ordem é para abraçar mulheres e só depois os jovens e os negros." João Vaz, ontem, no CM.

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