Título e antetítulo
Anualmente, e no pino do Verão, a maior parte das luminárias garante que o título do próximo campeonato pertence (como não podia deixar de ser) ao Benfica. A maior parte destes cavalheiros parece saída de um guião do saudoso e nunca por demais abençoado presidente Vale e Azevedo, que quase chegou a defender que o Benfica nem devia ir a campo para discutir os campeonatos – bastava-lhe disputar a coisa por televoto.
Este ano, o cenário repetiu-se. E foi tão escandaloso que alguns deles tiveram de pedir desculpa aos seus leitores por terem menosprezado o FC Porto. Parece que o título que já estava no papo antes da primeira jornada não passava, afinal, de «antetítulo».
À oitava jornada é André Villas-Boas que aparece a impor um módico de sensatez e de moderação lembrando que o FC Porto ainda só tem uma vantagem de 7 pontos sobre o segundo lugar, o que é manifestamente pouco se pensarmos que isso significa apenas mais 3 pontos do que em 2009 (o Benfica tem menos 7 pontos e menos 19 golos do que na época passada; o Braga menos 8 pontos e mais um golo). O que é novidade é um plantel mais motivado, menos nervoso, com mais juízo – e uma série de jogadores (entre os quais Hulk – que no ano passado foi criminosamente afastado dos estádios) a jogarem de forma mais decisiva e nos seus lugares. Além disso, este pormenor importante para o bom estado da equipa e dos adeptos: o FC Porto não joga à defesa – nem no estádio, nem fora dele. Para isso tem sido importante, além do conjunto de exibições notáveis, o discurso de Villas-Boas, que não tem deixado sem resposta as alarvidades dos bertoldinhos do costume. Antevejo que, se o FC Porto conquistar o título, haverá muita gentinha a descer nas audiências. Só isso seria uma felicidade para a pátria e para sua sanidade mental.
2. Vi adeptos do Benfica fora de casa, a apoiar (como deviam) o seu clube no jogo contra o Portimonense. Espero vê-los no Dragão, daqui a uma semana. É mais uma derrota da direcção benfiquista.
in A Bola - 30 Outubro 2010
Este ano, o cenário repetiu-se. E foi tão escandaloso que alguns deles tiveram de pedir desculpa aos seus leitores por terem menosprezado o FC Porto. Parece que o título que já estava no papo antes da primeira jornada não passava, afinal, de «antetítulo».
À oitava jornada é André Villas-Boas que aparece a impor um módico de sensatez e de moderação lembrando que o FC Porto ainda só tem uma vantagem de 7 pontos sobre o segundo lugar, o que é manifestamente pouco se pensarmos que isso significa apenas mais 3 pontos do que em 2009 (o Benfica tem menos 7 pontos e menos 19 golos do que na época passada; o Braga menos 8 pontos e mais um golo). O que é novidade é um plantel mais motivado, menos nervoso, com mais juízo – e uma série de jogadores (entre os quais Hulk – que no ano passado foi criminosamente afastado dos estádios) a jogarem de forma mais decisiva e nos seus lugares. Além disso, este pormenor importante para o bom estado da equipa e dos adeptos: o FC Porto não joga à defesa – nem no estádio, nem fora dele. Para isso tem sido importante, além do conjunto de exibições notáveis, o discurso de Villas-Boas, que não tem deixado sem resposta as alarvidades dos bertoldinhos do costume. Antevejo que, se o FC Porto conquistar o título, haverá muita gentinha a descer nas audiências. Só isso seria uma felicidade para a pátria e para sua sanidade mental.
2. Vi adeptos do Benfica fora de casa, a apoiar (como deviam) o seu clube no jogo contra o Portimonense. Espero vê-los no Dragão, daqui a uma semana. É mais uma derrota da direcção benfiquista.
in A Bola - 30 Outubro 2010
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