setembro 23, 2010

Blog # 701

Ray Charles (1930-2004) completaria hoje oitenta anos. Mas é como se os festejasse mesmo, tão presente está a voz do cantor e do músico de exceção. Antes, muito antes de se falar de ‘fusão’ e de a palavra se aplicar a qualquer pantomineirice, Ray Charles percebera que os géneros são comunicantes e que a música serve para abrir esses caminhos, geralmente desconhecidos – por isso, ‘blues’, ‘gospel’, ‘rock’, ‘r&b’, ‘jazz’, ‘soul’, ‘country’, o que quiserem incluir na lista, ele fez e tentou como ninguém. A sua voz ergue-se, às vezes como um lamento, outras vezes como uma celebração, mas sempre com uma ironia doce que se desprendia do seu sorriso, do seu riso, do seu rosto. Ray Charles, por isso, não cabe num catálogo bem comportado. Parece que a sua vida também não coube.

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‘O Seminarista’, de Rubem Fonseca (publicado pela Sextante), é uma história tão densa como divertida. É uma recriação de todas as galerias de personagens e de temas do maior escritor vivo de língua portuguesa. Assim mesmo.

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FRASES

"Querer que pessoas idosas utilizem a internet como quem toma a bica, é não ter ideia do País." Eduardo Dâmaso, ontem, no CM.

"Salto lógico: contratar Mourinho para dois jogos, contratar Paulo Bento para dois anos." Rodrigo Moita de Deus, no blogue 31 da Armada.

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