julho 26, 2010

Blog # 658

Há, decerto, um princípio de economia na decisão de fechar escolas com menos de 20 alunos. Para quem passou as últimas semanas com a boca cheia de “Estado social”, no entanto, parece estranho. Em primeiro lugar, porque o ministério da Educação não conhece (e não quer conhecer) a situação no terreno, nesta ou noutras matérias; depois, porque não se trata apenas de números, mas de crianças de 7, 8 e 9 anos obrigadas a viajar 40, 50 e 60 quilómetros por dia, em autocarros que terão horários pouco ou nada “pedagógicos”. O interior do país não incomoda eleitoralmente e pode ser humilhado e esvaziado à vontade. O discurso do governo sobre educação, pomposo e cheio de adjetivos, é mais vazio do que as salas de aula abandonadas. Desconhece a vida real, odeia pessoas vivas.

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LIVROS DE VERÃO (15). Um “romance gráfico” – é esta a ideia de Reif Larsen para ‘As Obras-Primas de T.S. Spivet’ (Presença), publicado no final de 2009 e certamente um bálsamo para as tardes mais abrasadoras deste verão.

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FRASES

"As ditaduras são especialistas em usar e abusar da língua. João Pereira Coutinho, ontem, no CM.

"Esquadro numa mão e calculadora na outra. Menos de vinte alunos, fecha; mais, continua." Joana Carvalho Dias, no blogue O Tempo e as Vontades.

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