Uma aposta arriscada
André Villas Boas é o novo treinador do FC Porto. A troca de um técnico com a experiência de Jesualdo Ferreira por um treinador que, aos 32 anos, enfrenta o maior desafio da sua vida profissional, tem muitas leituras – mas não é inédita na história do FC Porto, que já contratou nomes como Artur Jorge, Fernando Santos e José Mourinho. Ela marca antes de mais, um novo ciclo na vida do clube depois de quatro anos gloriosos – nem isso é inédito, como se sabe. O que pode ser muito positivo se se evitarem erros cometidos nas difíceis transições pós-penta e pós-Mourinho.
André Villas Boas sabe com o que conta: uma massa de adeptos exigentes e impacientes, mas também compreensivos e dedicados; uma estrutura desportiva de grande qualidade e uma direcção solidária; fundos relativamente sólidos para encarar a necessidade de uma série de contratações que, nesta fase, têm de ser cirúrgicas e muito criteriosas; e, finalmente, um plantel estilhaçado e com necessidade de um bom trabalho de preparação psicológica (só isso explica o duvidoso comportamento da equipa na final da Taça). É nesse plantel estilhaçado, de onde figuras decisivas poderão sair logo após o Mundial – e de onde outras terão de sair quanto antes –, que André Villas Boas se deve fixar.
Os últimos dois anos constituíram uma provação difícil para o FC Porto; a perseguição política e da «justiça desportiva» de que o clube foi alvo deixou abertas algumas feridas de cura lenta. O «Apito Dourado», é hoje possível ver com clareza, foi uma tentativa de criminalizar o FC Porto; a perseguição vergonhosa de que o clube foi alvo durante este período (e que culminou numa série de desastrosos erros jurídicos e técnicos – para além de morais – por parte dessa «justiça desportiva» no ano corrente). André Villas Boas terá de gerir essas feridas. E terá, também, com a inteligência e a sensibilidade que se lhe reconhece, de gerir a imagem do FC Porto diante de uma imprensa hostil e muito dada ao benfiquismo militante. Não são os «trabalhos de Hércules». São os trabalhos de Villas Boas.
in A Bola - 5 Junho 2010
André Villas Boas sabe com o que conta: uma massa de adeptos exigentes e impacientes, mas também compreensivos e dedicados; uma estrutura desportiva de grande qualidade e uma direcção solidária; fundos relativamente sólidos para encarar a necessidade de uma série de contratações que, nesta fase, têm de ser cirúrgicas e muito criteriosas; e, finalmente, um plantel estilhaçado e com necessidade de um bom trabalho de preparação psicológica (só isso explica o duvidoso comportamento da equipa na final da Taça). É nesse plantel estilhaçado, de onde figuras decisivas poderão sair logo após o Mundial – e de onde outras terão de sair quanto antes –, que André Villas Boas se deve fixar.
Os últimos dois anos constituíram uma provação difícil para o FC Porto; a perseguição política e da «justiça desportiva» de que o clube foi alvo deixou abertas algumas feridas de cura lenta. O «Apito Dourado», é hoje possível ver com clareza, foi uma tentativa de criminalizar o FC Porto; a perseguição vergonhosa de que o clube foi alvo durante este período (e que culminou numa série de desastrosos erros jurídicos e técnicos – para além de morais – por parte dessa «justiça desportiva» no ano corrente). André Villas Boas terá de gerir essas feridas. E terá, também, com a inteligência e a sensibilidade que se lhe reconhece, de gerir a imagem do FC Porto diante de uma imprensa hostil e muito dada ao benfiquismo militante. Não são os «trabalhos de Hércules». São os trabalhos de Villas Boas.
in A Bola - 5 Junho 2010
Etiquetas: A Bola
<< Home