maio 26, 2010

Blog # 616

Terminou nos EUA a série “Perdidos/Lost”. O último episódio foi visto por milhões e comentado em todo o mundo. Para lá do que isto significa como exemplo de ficção destinada a um público global, é importante o enredo da história, uma espécie de ‘Robinson Crusoe’ coletivo. Ao contrário do original, de Daniel Defoe (do século XVIII), em ‘Perdidos’ não é um personagem solitário – mas um grupo de pessoas que lida com a necessidade de sobreviver e com os instintos do grupo. O resultado é fatal. O romance de Daniel Defoe afirmava o valor do individualismo e da liberdade (coisas que andam a par, convém recordar); a série ‘Perdidos’ sublinha como é difícil o entendimento em sociedade. Pode ser ‘apenas’ uma série de televisão, mas mostra o suficiente do desígnio humano. Um perigo.

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Mais uma biografia sobre ‘os portugueses fundamentais’ – a de Mouzinho de Albuquerque, “Um Soldado ao Serviço do Império”, de Paulo Jorge Fernandes (Esfera dos Livros), um herói da monarquia que se suicidou em Janeiro de 1902.

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FRASES

"A jangada de pedra, de que falava Saramago, existe mesmo na economia." Armando Esteves Pereira, ontem, no CM.

"Os deputados deviam ser pagos voluntariamente por quem os elege." Filipe Abrantes, no blogue O Insurgente.

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