maio 25, 2010

Blog # 615

Esta semana – depois de amanhã – assinalam-se os 150 anos do nascimento de Manuel Teixeira Gomes. É uma comemoração dupla. Por um lado, há quem celebre o político, que foi o nosso sétimo presidente da República; por outro, o autor de ‘Agosto Azul’, ‘Sabina Freire’ ou ‘Maria Adelaide’, livros infelizmente quase desaparecidos das nossas livrarias. Há, em Teixeira Gomes, uma marca de drama pessoal que merece ser estudada, e que relembra a forma como um presidente da República (por dois anos, entre 1923 e 1925) decide abandonar o país e procurar refúgio na Argélia, o que diz muito sobre a política e a moral da época, mas também sobre a sua natureza de literato convertido à política. Um século depois o seu nome suscita ironias, lamentos – e a melancolia que sucede à tragédia.

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É um dos grandes nomes do salazarismo; precisamente a governanta de Salazar, até à morte deste. Joaquim Vieira escreveu-lhe a biografia, ‘A Governanta. D. Maria, Companheira de Salazar’ (Esfera dos Livros), um retrato português.

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FRASES

"...uma fila enorme, ninguém passava. E todos sabiam que eu vinha fazer o comentário." Marcelo Rebelo de Sousa, sobre o seu regresso à TVI. Ontem, no CM.

"O esforço atual dos portugueses é inútil enquanto não tivermos um Estado que sirva os cidadãos." Tomás Vasques, no blogue Hoje Há Conquilhas.

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