junho 22, 2010

Blog # 634

A Feira do Livro do Porto teve, este ano, mais 50 000 visitantes do que no ano anterior. Compreende-se: a Avenida dos Aliados é um cenário muito mais apropriado do que o Palácio de Cristal ou a Rotunda da Boavista. É, exatamente, o centro da cidade – o lugar onde devem estar os livros e onde os leitores devem ser autorizados a passear, a sentar-se e a falar com os seus autores preferidos. É no centro das cidades que devem estar, também, as escolas e os jardins. Se alguma coisa provou esta “nova feira do livro” portuense, não teve apenas a ver com os “números do negócio” (simpáticos em ano de crise) mas também com a humanização da cidade. Contra os que pensam numa cidade alastrando para o deserto, a “nova feira do livro” portuense foi um grandioso ato de resistência.

***

A ‘Correspondência, 1959-1971’ entre José Saramago e José Rodrigues Migueis, organizada por José Albino Pereira (Caminho) mostra-nos um Saramago que escrevia solto, livre e inesperado. Vale a pena a experiência.

***

FRASES

"Por que carga de água o funeral de um escritor tem de cumprir o protocolo dos actos oficiais?" Eduardo Pitta, no blogue Da Literatura.

"Quando comecei a gravar os filmes gostaria que o mundo fosse exatamente assim." Daniel Radcliffe, que interpretou Harry Potter. Ontem, no CM.

Etiquetas: