junho 16, 2010

Blog # 630

É natural que as pessoas se irritem com a seleção. O empate de ontem não apenas soube a pouco como, além disso, mostrou o futebol mais cavernícola dos últimos tempos. O argumento compreende-se: era preciso ser cauteloso contra a Costa do Marfim, que possui talentos de primeira grandeza, capazes de marcar golo com uma distração nossa. Até pode ser que esse jogo seja o mais indicado para nos levar aos oitavos de final, mas é também o mais penoso de ver. Os ingleses, quando não querem futebol, veem críquete, leem ou vão observar pássaros. Nós não podemos. O nosso “desporto” é este e a natureza não está entre os nossos passatempos. Uma bola ao poste é pouco para tanta expectativa, mas pode ser defeito nosso querer ganhar tudo logo no primeiro jogo; é da depressão.

***

A ideia é simples: o tamanho dos portugueses mudou; as empresas precisam de adaptar-se ao facto (por exemplo: é um suplício comprar roupa para mim) e de ler ‘Marketing de Peso’, de Tiago Silvério Marques (Guerra e Paz).

***

FRASES

"O primeiro jogo não é decisivo – certo. Mas escreve linhas fortes no destino desta seleção." Octávio Ribeiro, ontem, no CM.

"Não há autoestradas (nem estradas) grátis. Todas são pagas pelo contribuinte." Carlos Loureiro, no blogue Blasfémias.

Etiquetas: