junho 11, 2009

Blog # 372

O Dia de Portugal deu-nos dois bons discursos: o do Presidente e o de António Barreto. A coragem de Barreto foi notória e é notável, e o seu discurso devia ser lido com muita atenção – depois de traçar um diagnóstico da nossa memória do Dia de Portugal, apelou ao exemplo das elites, dos políticos, enfim, de quem tem de ‘dar o exemplo’. Mas não só: em todo o lado, devemos dar o exemplo – na rua, na escola, nos serviços públicos. Mas se o poder não der o exemplo, é o desastre que se vê. Vale mais isso do que os discursos de grande floreado, cheios de ditirambos e de promessas de eternidade. Os políticos presentes aplaudiram-no de rosto fechado e isso compreende-se: alguns estão em fim de ciclo e magoados pelo ressentimento. António Barreto anunciou-o com clareza e brilho.

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Sai em Julho e vale a pena – ó amantes de livros – lê-lo e anotá-lo: ‘No Bosque do Espelho’, de Alberto Manguel (o autor do ‘Dicionário de Lugares Imaginários’), uma aventura prodigiosa no meio da memória dos livros (na Dom Quixote).

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FRASES

"A felicidade pode ser uma ocupação a tempo inteiro, mas nunca para sempre. Piores dias virão." No blogue Ouriquense.

"Não sabia que as mulheres agora também têm próstata." Arminda Pais, a quem um médico do Hospital de Portalegre receitou comprimidos para a próstata. Ontem, no CM.

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