junho 02, 2011

Blog # 879

O Prémio Príncipe das Astúrias atribuído a Leonard Cohen é uma belíssima surpresa. Não apenas pelas suas canções que reconstituem a história da nossa vida dos últimos quarenta anos; também pela sua poesia que o prémio elogia e distingue. Cohen é um “desviado”, um poeta que escreve sobre o afastamento da morte e o amor subtil ou infernal. Há um ano, em Montreal (sua terra natal), no Canadá, visitei a sua casa – fica no coração do bairro português, onde alguns o conheciam como “Sr. Leonardo”, mesmo diante da velha sinagoga hoje convertida em centro português. A sua poesia nasce ali: num largo cheio de árvores, de imigrantes e de estranhos. A sua voz acrescenta-lhe densidade e humanidade, como uma sombra que não nos larga nem deixa de nos preencher. Grande Leonard Cohen.

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Suspensos pela curiosidade: é assim que entramos em ‘As Luzes de Leonor’, o novo e monumental livro de Maria Teresa Horta, dedicado à marquesa de Alorna (Leonor de Almeida Portugal, neta dos Marqueses de Távora), sua antepassada.

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FRASES

"A principal inquietação é conseguirmos dar a volta. O País está destruído." António Manuel Ribeiro, ontem, no CM.

"Do meu posto de espetador da província apoiarei tudo que me parecer bem feito." Filipe Nunes Vicente, no blogue Mau-Mau.

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