janeiro 10, 2011

Blog # 776

Cumprem-se hoje 50 anos sobre a morte de Dashiell Hammett. Para quem leu ‘O Falcão de Malta’ (adaptado ao cinema por John Huston, ‘Relíquia Macabra’, com Humphrey Bogart e Mary Astor), ‘A Chave de Vidro’ ou ‘Estranha Maldição’, todos publicados na histórica coleção Vampiro, é evidente que Hammett está no pódio da ‘literatura policial’. Sam Spade, o seu herói, é um personagem que não nos larga daí em diante; as suas descrições secas, melancólicas, revelam o coração de um grande escritor e de um temperamento solitário. Depois de Hammett, como depois de Chandler, o policial nunca mais foi inocente ou “divertido”. Wim Wenders realizou um ‘Hammett’ inspirado na sua vida (a partir de um romance de Joe Gores), belíssimo. Reler Dashiell Hammett é uma homenagem inspirada.

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Fundamental para o debate sobre a justiça e a ideia de justiça: as 600 páginas de ‘A Ideia de Justiça’, do economista indiano Amartya Sen (cuidadosa edição da Almedina) – é a justiça que possibilita sociedades menos injustas?

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FRASES

"Os políticos riem-se das iniciativas da sociedade civil. Depois, ignoram-nas completamente." Rui Reininho, ontem, no CM.

"Pesadíssimo, o silêncio de Mário Soares nesta campanha. E mais eloquente que mil discursos." Pedro Correia, no blogue Albergue Espanhol.

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