janeiro 07, 2011

Blog # 775

O Bloco de Esquerda apresentou ontem para discussão, no parlamento, uma resolução que visa parar o processo de fusão dos teatros nacionais. Na verdade, não há nenhum dado fiável e indiscutível que permita dizer que a autonomia dos teatros seja clara e notavelmente mais cara do que a sua aglutinação à maneira de uma central de compras de serviços do Estado. Não é, e o Bloco tem alguma razão: a ideia de um organismo único, tutelar, cheio de departamentos, gestores e inter-serviços, além de tentacular, não tem muito a ver com a pluralidade e a natural concorrência dos teatros nacionais e dos seus repertórios, e há de ser a porta aberta para um novo elefante branco do regime, inamovível e pouco aberto à discussão – e às exigências da arte e da programação artística.

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Em atraso na estante, o livro do embaixador José Fernandes Fafe, ‘A Colonização Portuguesa e a Emergência do Brasil’ (Temas e Debates) – uma leitura das críticas à nossa colonização e ao nosso complexo de culpa, naturalmente.

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FRASES

"Os maiores defensores da corrupção são os inocentes úteis." João Cravinho, ontem, no CM.

"Lamento muito ver Manuel Alegre, em 2011, desempenhar o papel de Basílio Horta em 1991." Pedro Correia, no blogue Delito de Opinião.

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