novembro 19, 2010

Blog # 740

Em Macedo de Cavaleiros, Bragança e Moncorvo, uma associação cultural, a Potrica, deposita livros nas mesas dos cafés. A ideia é que as pessoas aproveitem a ida a um café para ler ou para, suponho eu, saberem que há livros. Nas grandes cidades há livros – mas já não há cafés onde as pessoas possam ler. Há um grande desencontro entre os livros e os cafés, mas vale a pena tentar reuni-los. Um dos símbolos da Europa, dizia George Steiner, eram os cafés: lugares de diálogo, de encontro e de solidão, foi à mesa dos cafés que nasceram algumas das ideias mais belas do nosso tempo. Já a crise económica, por exemplo, nasceu em folhas de Excel mal construídas entre gente que não sabe o que são esses lugares antigos, os cafés. Aproveitemos a crise. Regressemos à mesa do café.

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Estará aí por estes dias: ‘Comer Animais’, de Jonhatan Safran Foer (Bertrand). O livro é um ‘ficção-verdade’ sobre carnívoros, vegetarianos e a violência da própria alimentação. Uma surpresa para a temporada, não?

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FRASES

"Sim. É para sempre. É um corte para sempre." Teixeira dos Santos, sobre os cortes salariais. Ontem, no CM.

"Razão tinha Churchill: os adversários estão fora de portas; os inimigos estão intramuros." Pedro Correia, no blogue Delito de Opinião.

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