abril 21, 2010

Blog # 591

Como vivíamos há alguns anos, sem internet, Facebook, Twiter, Hi5, telemóvel? Curiosamente, marcávamos encontros e encontrávamo-nos a horas. Falávamos com as pessoas. De que viviam os noticiários? De notícias de ontem e de anteontem. De repente, a informação tomou conta de nós tal como a nuvem de cinza vulcânica, que alastrou mais rapidamente na internet do que nos jornais. A Europa excedeu-se em dramatismo, e todos ‘viram’ a face negra da catástrofe a encobrir o continente. Figuras vetustas e ignorantes falaram do aquecimento global. De repente a nuvem afasta-se de Portugal, onde mal tocou (ingrata!), como as andorinhas e os insetos. Retomamos a normalidade. Sobra o vulcão, na Islândia. E uns ‘fait-divers’ sobre como foi cómico não haver aviões. E é isto, afinal.

***

O livro está aí: imagens que não se esquecem, as de Leonel de Castro, em ‘Pare, Escute, Olhe’ (texto de Jorge Laiginhas), sobre a Linha do Tua. Um livro-álbum de homenagem e de testemunho que vale a pena reter (Civilização).

***

FRASES

"O problema é que este Papa, em particular, importuna." Constança Cunha e Sá, ontem, no CM.

"Finalmente, Portugal já não é um pária da fuligem. A nuvem já cá canta." Bernardo Pires de Lima, no blogue União de Facto.

Etiquetas: