fevereiro 12, 2010

Blog # 544

Durante o Estado Novo, a censura proibia e cortava – em jornais e em livros – com o mandato do governo e do regime, e com uma polícia à retaguarda. Os tribunais também censuram, proibindo livros e jornais, mas com o mandato e a interpretação da lei. São duas circunstâncias e duas legitimidades diferentes, só que o resultado se aproxima no caso da providência cautelar dirigida contra o semanário ‘Sol’ – o que nos deve fazer pensar no que se tornou este país. Tudo começou, convém recordar, com “a obsessão com a comunicação social” e com o discurso de José Sócrates em pleno congresso do PS, bradando contra a “imprensa hostil”. Ora, a imprensa hostil presta um grande favor à democracia. A história diz-nos que as críticas à imprensa são um sinal de fraqueza e de fragilidade.

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O nome do autor, islandês, é estranho: Sjón. Mas o seu romance, ‘A Raposa Azul’ (publicado pela Cavalo de Ferro), é uma pérola que vem dos mares do Norte, encantador e mágico. E curtinho, descansem.

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FRASES

"Por dentro, a constipação é parecida com a melancolia." No blogue Dias Felizes.

"No limite estaríamos dispostas a publicá-las no ‘Expresso’." Henrique Monteiro, sobre as escutas publicadas no ‘Sol’. Ontem, no CM online.

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