fevereiro 08, 2010

Blog # 540

Claro que o ‘dinheiro da cultura’ não vem das bolsas do ‘desporto’, ou seja, do futebol (aliás, era preciso discutir bem onde aplicar o pouco ‘dinheiro da cultura’). Mas convinha que soubéssemos que cada um dos magníficos estádios que funcionaram durante as semanas do Euro 2004 custam, hoje, e custarão, durante muitos anos, cerca de 20 milhões de euros anuais às câmaras municipais que entraram no negócio. É muito. Tanto, que algumas câmaras gostariam de os demolir e de aproveitar os terrenos para financiar os seus orçamentos. Tudo isto foi feito com os dinheiros do Estado. E os mais de 120 milhões anuais canalizados para os mastodontes também vêm de onde o leitor sabe. Uma pechincha, era o que nos diziam. Aí está porque se deve discutir, com rigor, o Orçamento do Estado.

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Alma caridosa fez-me chegar (eu tinha pedido aos céus, no CM) o novo livro de L. A. Garcia-Roza, ‘Um Céu de Origamis’ (Companhia das Letras). O inspetor Espinoza ilumina o coração de Copacabana. E o céu, bem vistas as coisas.

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FRASES

“Os partidos decidiram vestir os bibes dos birrentos e deram o mais triste espetáculo." F. Moita Flores, ontem, no CM.

“A entourage de Sócrates não fez mais do que Miterrand, Berlusconi, ou Cavaco." Filipe Nunes Vicente, sobre a comunicação social, no blogue Mar Salgado.

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