Blog # 466
Temos uma má relação com a polémica. José Saramago disse sobre a Bíblia e as igrejas uma série de coisas previsíveis e houve quem lhe respondesse e ripostasse – nada de mais natural e saudável. É só literatura. Mas houve quem avariasse e tivesse perdido a cabeça de repente: Mário David, eurodeputado e vice-presidente do Parlamento Europeu pediu a Saramago que “fosse consequente” e abdicasse da cidadania portuguesa porque as suas opiniões ofendem Mário David. O dislate não se compreende. Assim, de cada vez que as opiniões de alguém “ofendessem os portugueses”, lá teríamos de lhe pedir para devolver o passaporte. Não. Saramago tem todo o direito de dizer o que disse. E nós de discutir forte com ele. É isso que nos permite viver uns com os outros, pensando coisas diferentes.
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Onésimo Teotónio de Almeida ensina em Providence, EUA, na Brown. Acaba de publicar ‘De Marx a Darwin. A Desconfiança dos Intelectuais’ (Gradiva), um livro a não perder, para entrar num dos grandes debates de hoje. Lê-se de um trago.
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FRASES
"Se fosse o Ricardo Araújo Pereira a dizer mal da Bíblia, aí preocupava-me. Agora o Saramago?" Domingos Amaral, ontem, no CM.
"No fundo, parece-me que é mesmo isso que Saramago procura: uma prova da existência de Deus." Paulo P. Mascarenhas, no blogue 31 da Armada.
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Onésimo Teotónio de Almeida ensina em Providence, EUA, na Brown. Acaba de publicar ‘De Marx a Darwin. A Desconfiança dos Intelectuais’ (Gradiva), um livro a não perder, para entrar num dos grandes debates de hoje. Lê-se de um trago.
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FRASES
"Se fosse o Ricardo Araújo Pereira a dizer mal da Bíblia, aí preocupava-me. Agora o Saramago?" Domingos Amaral, ontem, no CM.
"No fundo, parece-me que é mesmo isso que Saramago procura: uma prova da existência de Deus." Paulo P. Mascarenhas, no blogue 31 da Armada.
Etiquetas: Blog Correio da Manhã
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