julho 23, 2009

Blog # 402

A classe média está na ordem do dia, à esquerda e à direita. Infelizmente, a pobre classe média foi esvaziada e assaltada pelo Estado, que engordou nos gastos (à custa da ‘arrecadação fiscal’) e atacou as pequenas economias de onde poderia surgir um módico de segurança e de bem-estar. Era este o segredo dos portugueses de antanho: poupar alguma coisa. Esse mundo foi-se. Os ideológos do Estado vivem à conta da segurança que ele propicia: raramente tiveram necessidade de lutar e de serem criativos para sobreviver. Confundiram essa economia doméstica com a acumulação de capital e desprezaram as pessoas comuns. Na “altíssima cultura” como na política, a classe média é olhada com horror por uma trupe iluminada que já esqueceu como chegou onde chegou, alimentada e próspera.

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O tema não é novo mas, aqui, tem caução unversitária: “Felicidade. Uma Revolução na Economia”, de Bruno S. Frey (Gradiva) – ou de como a avaliação do bem-estar das sociedades não tem a ver com a “economia do crescimento”. A ler já.

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FRASES

"O melhor era acabar com as retenções [chumbos] na escolaridade obrigatória." J. Grancho, da Associação Nacional de Professores, sobre cem alunos terem passado de ano com 8 negativas. Ontem, no CM

"Eu gosto da Ana Gomes, mas é difícil defendê-la da determinação com que dá tiros nos pés." Bruno Sena Martins, no blogue Avatares de um desejo.

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